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Il Giorno della Memoria na Itália: Uma Reflexão Sobre o Holocausto e a Importância da Lembrança

Foto do escritor: Fabiola GhilardiFabiola Ghilardi

Atualizado: 26 de jan.

mural anne frank amsterdam

O Dia Internacional da Memória do Holocausto, "Il Giorno della Memoria", é celebrado anualmente em 27 de janeiro.

Na Itália, a data tem um significado profundo, marcando não apenas a lembrança das vítimas do nazismo, mas também a reflexão sobre o papel do país na perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.


A partir de 2018, a Itália intensificou seus esforços para manter viva a memória do Holocausto e combater o antissemitismo e a intolerância. Diversas iniciativas foram promovidas em todo o país, com o objetivo de educar as novas gerações e promover uma cultura de paz e respeito à diversidade.


pietre di inciampo

Eventos e Iniciativas:

  • Stolpersteine: Em 2018, o artista alemão Gunter Demnig instalou 11 novas "Stolpersteine" (pietre di inciampo/pedras de tropeço) em Roma, em memória de vítimas da deportação nazista.

    Essas pequenas placas de bronze, colocadas no chão em frente às casas das vítimas, servem como memoriais individuais e lembretes do impacto do Holocausto na sociedade italiana.   

  • "Binario 21":  Em Milão, o Memorial da Shoah "Binario 21", localizado na antiga estação ferroviária de onde partiam os trens para os campos de concentração, promoveu eventos e exposições para lembrar as vítimas do Holocausto e os italianos que ajudaram a salvar judeus da perseguição nazista.  

    Memoriale della Shoah di Milano – Home Page

  • Mostras e debates: Diversas cidades italianas organizaram mostras, debates e eventos culturais para marcar o Giorno della Memoria.

  • Iniciativas nas escolas: O Ministério da Educação italiano promoveu atividades e projetos educativos nas escolas para sensibilizar os jovens sobre a importância da memória do Holocausto e o combate à intolerância.   

  • "Run for Mem": Em Bolonha, foi organizada a corrida "Run for Mem", com percursos de 11,3 km e 5 km, para lembrar as vítimas do Holocausto e promover a cultura da paz.   

  • "La Shoah dell'arte":  Museus, galerias e teatros de toda a Itália participaram da iniciativa "La Shoah dell'arte", expondo obras de arte que foram confiscadas ou destruídas pelos nazistas, ou que retratam a perseguição aos judeus.   


Desafios e Perspectivas:

Apesar dos avanços, a Itália ainda enfrenta desafios no combate ao antissemitismo e à intolerância. O crescimento de movimentos de extrema-direita e a disseminação de discursos de ódio online são preocupações constantes.

O Giorno della Memoria é um momento importante para fortalecer a luta contra todas as formas de discriminação.


Origens do Giorno della Memoria:

Instituído pela ONU em 2005, o Dia Internacional da Memória do Holocausto marca a data da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau pelas tropas soviéticas em 1945.    

Na Itália, a data foi estabelecida pela lei n. 211 de 20 de julho de 2000, com o objetivo de "manter viva a memória da Shoah (holocausto), das leis raciais, da perseguição italiana dos cidadãos judeus, dos italianos que sofreram a deportação, a prisão, a morte, bem como daqueles que, mesmo em campos opostos, se opuseram ao projeto de extermínio, e, entre eles, muitos salvaram outras vidas e protegeram os perseguidos."    


O Holocausto na Itália:

mussolini e Hitler

A Itália, sob o regime fascista de Mussolini, também foi palco de perseguição e deportação de judeus. Leis raciais foram promulgadas em 1938, privando os judeus de seus direitos e cidadania.

Milhares de judeus italianos foram deportados para campos de concentração nazistas, onde muitos foram assassinados.

É fundamental lembrar que a história do Holocausto na Itália não se limita aos campos de extermínio. A perseguição, a discriminação e a violência também ocorreram em solo italiano, com a participação de fascistas italianos na captura e deportação de judeus.


Lembrar para não Repetir

O Giorno della Memoria é um momento de reflexão sobre as consequências do ódio, da intolerância e da indiferença. É um lembrete de que a história pode se repetir se não aprendermos com os erros do passado.


vite parallele

Filmes italianos sobre o holocausto

"Vidas Paralelas" "A Vida de Anne Frank" é um docu-filme que imagina como teria sido a vida de Anne Frank se ela tivesse sobrevivido ao Holocausto.

O filme, dirigido pelas italianas Sabina Fedeli e Anna Migotto, entrelaça a história de Anne com a vida de cinco mulheres que sobreviveram à Shoah, meninas e adolescentes como ela, que agora são mães e avós. O docu-filme é uma homenagem à memória de Anne Frank e um convite à reflexão sobre a importância da tolerância, do respeito e da memória.


la vita è bella

"A Vida é Bela" (1997) é um filme italiano dirigido e estrelado por Roberto Benigni. Ambientado na Itália fascista dos anos 30, conta a história de Guido Orefice, um homem judeu que usa sua imaginação e humor para proteger seu filho Giosué dos horrores de um campo de concentração nazista. Guido e Dora, sua esposa, são deportados para um campo de concentração. Para evitar que Giosué sofra, Guido inventa um jogo elaborado, fingindo que o campo é um lugar onde se deve superar provas para ganhar um tanque de guerra.

O filme é uma comédia dramática que aborda o tema do Holocausto com uma perspectiva única, combinando momentos de humor e ternura com a tragédia da Shoah. "A Vida é Bela" ganhou três Oscars: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Ator (Roberto Benigni) e Melhor Trilha Sonora Original.


il treno dei bambini

"Il treno dei bambini" Na Netflix, è un film italiano del 2024 diretto da Cristina Comencini , basato sul romanzo homônimo de Viola Ardone.

Ambientado na Nápoles do pós-guerra (1946), o filme conta a história de Amerigo, um menino de sete anos que vive em extrema pobreza com sua mãe. Para dar a Amerigo uma chance de uma vida melhor, sua mãe o coloca em um trem com destino ao norte da Itália, como parte de uma iniciativa do Partido Comunista para realocar crianças do sul em lares mais ricos . Amerigo embarca em uma jornada transformadora, experimentando a solidariedade e o choque cultural enquanto se adapta à sua nova família em Modena .


"Ulisse - Il piacere della scoperta": Episódio sobre Anna Frank apresentado por Alberto Angela, que explora a história da jovem judia que se escondeu dos nazistas em Amsterdam e deixou um diário comovente sobre sua experiência.   


liliana segre

Referências Bibliográficas:

  • Primo Levi, "Se isto é um homem": Um relato autobiográfico sobre a experiência de Levi como prisioneiro em Auschwitz.

  • Anne Frank, "O Diário de Anne Frank": O diário comovente de uma jovem judia que se escondeu dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

  • Liliana Segre, "Até o fundo do coração": Testemunho de uma sobrevivente do Holocausto que dedica sua vida a combater o ódio e a intolerância.



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